Pular para o conteúdo
Início » Mosquito da dengue: todo cuidado é pouco

Mosquito da dengue: todo cuidado é pouco

A dengue é uma doença transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, que também pode transmitir outras doenças graves, como a febre amarela, a chikungunya e a zika.

mosquito Aedes aegypti
mosquito Aedes aegypti

A dengue é uma das principais causas de morte por doenças infecciosas no Brasil e no mundo, e não há vacina nem tratamento específico para ela.

Por isso, a melhor forma de prevenir a dengue é evitar a proliferação do mosquito, que se reproduz em locais com água parada.

Neste artigo, você vai aprender como se proteger da dengue, quais são os sintomas, como é feito o diagnóstico e o tratamento, e quais são as complicações que podem ocorrer.

Além disso, você vai conhecer algumas curiosidades sobre o mosquito da dengue e como ele se adaptou ao ambiente urbano.

Portanto, fique atento e não deixe que esse inseto atrapalhe a sua saúde e a sua qualidade de vida.

Qual é a definição da dengue e como ocorre sua transmissão?

A dengue é ocasionada por um vírus pertencente à família Flaviviridae.

Existem quatro tipos de vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), que podem causar diferentes formas da doença, desde a mais leve até a mais grave.

Transmissão pelo Mosquito Aedes aegypti

O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que precisa de sangue para produzir os ovos.

Assim, o mosquito se infecta ao picar uma pessoa que já tem o vírus no sangue, e depois pode transmitir o vírus para outras pessoas ao picá-las.

O mosquito da dengue é um inseto pequeno, de cor preta com manchas brancas nas pernas, no tórax e na cabeça.

Esse mosquito é mais ativo durante o dia, especialmente nas primeiras horas da manhã e ao entardecer.

Além disso, ele também prefere picar nas partes do corpo que ficam mais expostas, como os braços, as pernas e o rosto.

O mosquito da dengue pode voar até 1,5 km de distância do local onde nasceu, mas geralmente não se afasta muito do seu habitat, em áreas com grande concentração populacional e deficiência em infraestrutura sanitária.

Portanto, o mosquito da dengue se reproduz em locais com água parada, limpa ou suja, que podem ser naturais ou artificiais.

Alguns exemplos de criadouros do mosquito são: pneus velhos, latas, garrafas, caixas d’água, vasos de plantas, calhas, ralos, piscinas, fontes, bebedouros de animais, entre outros.

O ciclo de vida do Aedes aegypti consiste em quatro estágios: ovo, larva, pupa e fase adulta. O ovo é colocado pela fêmea na parede dos recipientes com água, e pode resistir até um ano sem água.

A larva é a fase aquática do mosquito, que se alimenta de matéria orgânica presente na água.

A pupa é a fase de transição entre a larva e o adulto, que ocorre dentro da água. O adulto é a fase alada do mosquito, que pode viver de 15 a 30 dias.

Quais são os sintomas da dengue?

Os sintomas da dengue podem variar de acordo com a forma da doença, que pode ser classificada em: dengue clássica, dengue com sinais de alarme e dengue grave.

A dengue clássica é a forma mais comum e mais leve da doença, que se manifesta com os seguintes sintomas:

  • Febre alta (acima de 38°C), que dura de 2 a 7 dias
  • Dor de cabeça, principalmente na região dos olhos
  • Dor no corpo e nas articulações
  • Dor abdominal
  • Náuseas e vômitos
  • Perda de apetite
  • Manchas vermelhas na pele, que podem coçar
  • Sangramento leve pelo nariz ou pela gengiva

A dengue com sinais de alarme é a forma intermediária da doença, que pode evoluir para a forma grave se não for tratada adequadamente.

Os sinais de alarme são:

  • Queda da febre, que pode indicar o início da fase crítica da doença
  • Dor intensa no abdômen, que pode indicar sangramento interno
  • Vômitos persistentes, que podem causar desidratação
  • Acúmulo de líquido no abdômen ou no pulmão, que pode causar dificuldade respiratória
  • Sangramento pela pele, pelo nariz, pela gengiva, pela urina, pelas fezes ou pelo vômito, que pode indicar alteração na coagulação do sangue
  • Sonolência, irritabilidade, confusão mental ou convulsões, que podem indicar comprometimento do sistema nervoso

A dengue grave é a forma mais séria e mais rara da doença, que pode levar à morte se não for tratada rapidamente.

A dengue grave se caracteriza por:

  • Choque, que é a queda da pressão arterial, que pode causar desmaio, palidez, frio, suor e pulso fraco
  • Hemorragia grave, que é a perda excessiva de sangue, que pode causar anemia, fraqueza e choque
  • Falência de órgãos, que é o comprometimento da função de órgãos vitais, como o fígado, o rim e o coração

Como é feito o diagnóstico e o tratamento da dengue?

O diagnóstico da dengue é feito com base nos sintomas, no histórico de exposição ao mosquito e nos exames laboratoriais.

Os exames mais usados para confirmar a dengue são: o teste rápido, que detecta os anticorpos contra o vírus da dengue no sangue, e o teste de PCR, que identifica o material genético do vírus da dengue no sangue.

Entretanto, esses exames devem ser feitos entre o terceiro e o sétimo dia após o início dos sintomas, que é o período de maior circulação do vírus no organismo.

Assim, o tratamento da dengue concentra-se nos sintomas, buscando alívio e prevenção de complicações.

O tratamento consiste em:

  • Repouso, que ajuda a recuperar as energias e a combater o vírus
  • Hidratação, que previne a desidratação e a queda da pressão arterial
  • Alimentação leve, que facilita a digestão e a absorção de nutrientes
  • Uso de medicamentos, que devem ser prescritos pelo médico, para reduzir a febre, a dor e a inflamação. Os medicamentos mais usados são o paracetamol e o dipirona.
  • Não se deve usar medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (aspirina) ou anti-inflamatórios não esteroides (ibuprofeno, diclofenaco, etc.), pois eles podem aumentar o risco de sangramento e de complicações.

O tratamento da dengue deve ser feito sob orientação médica, e o paciente deve procurar um serviço de saúde assim que apresentar os primeiros sintomas.

Além disso, o paciente deve ficar atento aos sinais de alarme e de gravidade, e retornar ao serviço de saúde se houver piora do quadro.

Logo, o paciente deve fazer o acompanhamento médico até a recuperação completa, que pode levar até duas semanas.

Quais são as complicações da dengue?

Em suma, a dengue pode causar complicações que podem ser fatais, principalmente se o paciente tiver alguma condição de risco, como:

  • idade avançada, gestação, doenças crônicas (diabetes, hipertensão, asma, etc.)
  • imunossupressão (HIV, câncer, etc.)
  • alergia ou uso de medicamentos que afetam a coagulação do sangue.

As complicações mais comuns da dengue são:

  • Síndrome do choque da dengue, que é a forma mais grave da doença, que ocorre quando o paciente entra em choque por causa da queda da pressão arterial e da perda de líquido e sangue. Essa condição pode levar à falência de órgãos e à morte, se não for tratada rapidamente.
  • Hemorragia grave, que é a perda excessiva de sangue por causa da alteração na coagulação do sangue. A hemorragia pode ocorrer pela pele, pelo nariz, pela gengiva, pela urina, pelas fezes ou pelo vômito. A hemorragia pode causar anemia, fraqueza e choque, se não for controlada.
  • Acúmulo de líquido no abdômen ou no pulmão, que é o resultado do extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos para os espaços entre os órgãos. O acúmulo de líquido pode causar dor, distensão abdominal, dificuldade respiratória e insuficiência cardíaca, se não for drenado.
  • Comprometimento do sistema nervoso, que é o efeito do vírus da dengue ou da inflamação no cérebro ou na medula espinhal. O comprometimento do sistema nervoso pode causar sonolência, irritabilidade, confusão mental, convulsões, paralisia, coma e morte, se não for tratado adequadamente.

As complicações da dengue podem ser prevenidas com o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e o acompanhamento médico.

Portanto, o paciente deve ficar atento aos sinais de alarme e de gravidade, e procurar um serviço de saúde imediatamente se houver piora do quadro.

Como prevenir a dengue?

A prevenção da dengue é a melhor forma de evitar a doença e suas complicações.

Além disso, a prevenção da dengue se baseia em dois pilares: a eliminação dos criadouros do mosquito e a proteção individual contra as picadas.

Veja algumas dicas de como prevenir a dengue:

  • Elimine os criadouros do mosquito: verifique semanalmente se há recipientes com água parada em sua casa ou no seu quintal, e elimine-os ou tampe-os. Lave com escova e sabão os recipientes que armazenam água, como caixas d’água, tonéis e baldes. Adicione areia nos pratinhos dos vasos de plantas ou descarte-os completamente. Mantenha as calhas limpas e desentupidas. Trate a água das piscinas com cloro e cubra-as com lonas. Descarte corretamente o lixo, especialmente os pneus, as latas e as garrafas. Denuncie os possíveis focos do mosquito em locais públicos para as autoridades sanitárias.
  • Proteja-se das picadas do mosquito: use roupas que cubram a maior parte do corpo, de preferência de cores claras, que não atraem o mosquito. Aplique repelente nas partes expostas do corpo, seguindo as instruções do fabricante. Use telas nas janelas e nas portas, ou use mosquiteiros para dormir. Recomenda-se evitar sair de casa durante os períodos de maior atividade do mosquito, que ocorrem no início da manhã e no final da tarde.
  • Fique atento aos sintomas da dengue e procure um serviço de saúde se suspeitar da doença.

A prevenção da dengue é uma responsabilidade de todos, pois o mosquito da dengue pode se reproduzir em qualquer lugar que tenha água parada.

Por isso, é importante que cada um faça a sua parte, e que haja uma mobilização coletiva para combater o mosquito e a doença.

Curiosidades sobre o mosquito da dengue

O mosquito da dengue é um inseto fascinante, que tem características e comportamentos que o tornam um dos mais adaptados ao ambiente urbano.

Veja algumas curiosidades sobre o mosquito da dengue:

1. Originário da África

O mosquito da dengue é originário da África, e chegou ao Brasil no século XVII, junto com os navios negreiros.

Ele se espalhou pelo país e pelo mundo, aproveitando-se das condições favoráveis das cidades, como o clima, a vegetação, a água e a população humana.

2. Detecta o dióxido de carbono que as pessoas exalam

O mosquito da dengue é capaz de detectar o dióxido de carbono que as pessoas exalam, e usá-lo como um sinal para localizar as suas vítimas.

Ele também pode sentir o calor, a umidade e o odor do corpo humano, que o atraem ainda mais.

3. Escolhe os seus hospedeiros

O mosquito da dengue é seletivo na hora de escolher os seus hospedeiros. Ele prefere picar as pessoas que têm o tipo sanguíneo O, que têm a pele mais clara, que estão grávidas, que estão com febre ou que estão sob estresse.

Ele também prefere picar as pessoas que têm mais bactérias na pele, que produzem mais ácido lático, que é um atrativo para o mosquito.

4. É resistente a muitos inseticidas

O mosquito da dengue é resistente a muitos inseticidas, que são usados para combatê-lo.

Ele tem a capacidade de desenvolver mecanismos de defesa, como a modificação de enzimas, a alteração de receptores ou a produção de substâncias que neutralizam os inseticidas.

Por isso, é importante que se usem inseticidas de forma racional e alternada, para evitar a seleção de mosquitos mais resistentes.

5. É um vetor de várias doenças, além da dengue

O mosquito da dengue é um vetor de várias doenças, além da dengue.

Também pode transmitir a febre amarela, a chikungunya e a zika, que são doenças causadas por vírus da mesma família da dengue.

Essas doenças podem causar sintomas semelhantes aos da dengue, mas também podem ter complicações específicas, como a icterícia, a artrite e a microcefalia.

Conclusão

Em suma, a dengue é uma doença grave que pode causar a morte se não receber tratamento adequado.

Assim, a transmissão da dengue ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em áreas onde há acúmulo de água parada.

Portanto, a melhor forma de prevenir a dengue é eliminar os criadouros do mosquito e se proteger das picadas.

Além disso, o mosquito da dengue é um inseto curioso, que tem características e comportamentos que o tornam um dos mais adaptados ao ambiente urbano.

Por fim, a dengue é uma doença que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, e que requer a atenção e a mobilização de todos para combatê-la.

Muito obrigado e até a próxima!

 

Propósito Informativo

As informações fornecidas neste aviso legal são destinadas apenas para fins informativos e educacionais.

Portanto, não substituem a orientação de um médico, nutricionista ou profissional de saúde qualificado.

As informações apresentadas aqui são baseadas em pesquisas disponíveis até a data de publicação e podem não refletir informações atualizadas.

 

VEJA TAMBÉM:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

mosquito Aedes aegypti