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Por que os seres vivos emitem uma luz que se apaga com a morte?

Eu me deparei com essa descoberta enquanto explorava notícias científicas, e fiquei impressionado com a ideia de que estamos todos “brilhando” de uma forma que não podemos ver, ou seja, os seres vivos emitem uma luz que se apaga com a morte .

os seres vivos emitem uma luz muito fraca, chamada emissão de fótons ultrafracos (UPE
os seres vivos emitem uma luz muito fraca, chamada emissão de fótons ultrafracos (UPE)

Isso me fez refletir sobre como a vida é cheia de mistérios, e decidi compartilhar isso de uma maneira simples, como se estivesse explicando para um amigo curioso, mesmo que nunca tenha estudado ciência antes.

Parece provável que essa descoberta possa levar a novas formas de diagnosticar doenças ou monitorar a saúde ambiental, mas ainda é uma área em desenvolvimento, com muitas questões abertas.

Portanto, a ideia de que os seres vivos emitem uma luz invisível pode parecer saída de um conto de ficção científica, mas a ciência está começando a confirmar isso.

Em maio de 2025, estudos publicados em revistas como New Scientist e ScienceAlert revelaram que todos os organismos vivos, de humanos a plantas, emitem uma luz extremamente fraca, chamada emissão de fótons ultrafracos (UPE).

Essa luz desaparece quase imediatamente após a morte, o que levanta questões fascinantes sobre a natureza da vida e suas possíveis aplicações práticas.

O Que É a Emissão de Fótons Ultrafracos?

A UPE, ou emissão de fótons ultrafracos, é um fenômeno onde as células dos seres vivos liberam partículas de luz chamadas fótons. Esses fótons são os blocos básicos de toda luz, mas, no caso da UPE, são emitidos em quantidades tão pequenas que não formam um brilho visível.

Para dar uma ideia, enquanto você lê isso, seu corpo emite cerca de alguns fótons por segundo por centímetro quadrado de pele, o que é insignificante para nossos olhos, mas detectável com tecnologia avançada.

Essa luz parece vir principalmente das mitocôndrias, que são como pequenas usinas de energia dentro das células. Elas produzem energia quebrando nutrientes, e durante esse processo, liberam fótons como um subproduto.

Outros fatores, como estresse celular, também podem aumentar essa emissão, especialmente quando há produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), substâncias químicas associadas ao estresse celular.

Para ilustrar, pense em uma lâmpada acesa: ela emite luz porque está funcionando. Da mesma forma, nossas células “trabalham” e, enquanto estão vivas, emitem essa luz sutil.

Mas, ao contrário da bioluminescência de vaga-lumes, que é brilhante e visível, a UPE é milhares de vezes mais fraca, quase como um sussurro de luz.

Como Foi Descoberta?

A descoberta dessa luz só foi possível graças a avanços tecnológicos recentes. Em maio de 2025, pesquisadores da Universidade de Calgary e do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá publicaram seus achados em The Journal of Physical Chemistry Letters .

Eles usaram câmeras de alta sensibilidade, como dispositivos de carga acoplada de multiplicação eletrônica (EMCCD), capazes de detectar até um único fóton.

Os experimentos envolveram camundongos e plantas, como a Arabidopsis thaliana e o Heptapleurum arboricola. Com os camundongos, os cientistas colocaram quatro animais vivos em uma câmara escura e registraram suas emissões por uma hora.

Depois, os camundongos foram eutanasiados humanamente, e suas emissões foram monitoradas por mais uma hora, mantendo a temperatura corporal em 37°C para eliminar interferências térmicas.

O resultado foi claro: os camundongos vivos emitiam uma luz constante, enquanto os mortos mostravam uma queda significativa na emissão, quase entrando em “silêncio fotônico”.

Nas plantas, eles estressaram as folhas com ferimentos físicos ou agentes químicos e as observaram por 16 horas. As áreas lesionadas emitiam mais luz do que as partes saudáveis, indicando que o estresse celular aumenta a intensidade da UPE.

Esses experimentos confirmaram que a emissão está diretamente ligada à atividade metabólica e cessa quando a vida termina.

Por Que Essa Luz Desaparece Com a Morte?

A razão pela qual os seres vivos emitem uma luz que se apaga com a morte está no funcionamento celular. Enquanto estamos vivos, nossas células estão em constante atividade: produzem energia, reparam danos e realizam milhares de funções.

As mitocôndrias, em particular, são cruciais, gerando energia através de reações químicas que, às vezes, liberam fótons. Quando morremos, no entanto, essas atividades param. As células entram em colapso, as mitocôndrias deixam de funcionar, e as reações químicas que geram os fótons cessam. É como se a “fábrica” da vida desligasse, apagando o brilho.

Para entender melhor, imagine uma cidade à noite: enquanto as luzes estão acesas, há movimento, energia, vida. Mas se a energia acabar, tudo escurece. Da mesma forma, quando um organismo morre, a energia celular se esgota, e a emissão de fótons desaparece.

Além disso, estudos como os mencionados em We Emit a Visible Light That Vanishes When We Die, Says Surprising New Study , reforçam que essa luz está intimamente ligada aos processos vitais, não ao calor residual, já que os corpos mortos foram mantidos aquecidos e ainda assim não emitiram luz.

Implicações e Significado

Essa descoberta tem potencial para transformar várias áreas, especialmente medicina e ciência ambiental. Na medicina, a UPE poderia ser usada como uma ferramenta não invasiva para detectar doenças.

Por exemplo, mudanças na intensidade ou padrão da emissão poderiam indicar estresse celular ou doenças antes que os sintomas sejam visíveis, como sugerido em All living beings emit a subtle glow that ceases at death . Isso poderia levar a diagnósticos mais precoces, melhorando tratamentos.

Na área ambiental, monitorar a UPE de plantas poderia ajudar a avaliar a saúde de ecossistemas. Árvores estressadas por seca, doenças ou mudanças climáticas poderiam emitir padrões de luz diferentes, permitindo identificar áreas problemáticas, como mencionado em All living things emit an eerie glow that is snuffed out upon death .

Além disso, essa descoberta levanta questões filosóficas. A ideia de que a vida é luminosa, que todos os seres vivos emitem uma luz sutil, sugere uma conexão profunda entre física e biologia.

Alguns pesquisadores especulam que os fótons poderiam ter um papel na comunicação celular ou na regulação de processos biológicos, embora isso ainda seja uma hipótese, como discutido em The Secret Glow of Life: How Living Beings Emit Invisible Light .

Controvérsias e Limitações

Embora os estudos sejam promissores, há controvérsias. Alguns cientistas questionam se a UPE tem um papel funcional ou se é apenas um subproduto sem significado.

Artigos como Scientists capture ‘glow of life’ that fades as living things die mencionam que a ciência por trás dos biófotons ainda é debatida, com algumas associações a ideias paranormais, como auras, que não têm base científica.

No entanto, os experimentos recentes, com controles rigorosos, fornecem evidências sólidas de que a emissão existe e está ligada à vida.

Tabelas de Resumo

Abaixo, uma tabela resumindo os principais aspectos dos experimentos:

AspectoDetalhes
Estudo realizado porUniversidade de Calgary e Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá
SujeitosCamundongos, Arabidopsis thaliana, Heptapleurum arboricola
Tipo de emissãoEmissão de fótons ultrafracos (UPE)
Faixa de comprimento de onda200 a 1.000 nanômetros
Método de imagemCâmeras EMCCD e CCD
Experimento com camundongos4 camundongos vivos por 1 hora, eutanasiados e monitorados por mais 1 hora, temperatura a 37°C
Experimento com plantasFolhas estressadas por ferimentos e químicos, monitoradas por 16 horas
Achados – CamundongosQueda significativa na UPE após a morte, capturando fótons individuais
Achados – PlantasPartes lesionadas mais brilhantes que as saudáveis durante todo o período
Possível fonte da UPEEspécies reativas de oxigênio (ROS) de estresse celular
PublicaçãoThe Journal of Physical Chemistry Letters

, DOI: 10.1021/acs.jpclett.4c03546

Outra tabela com potenciais aplicações:

ÁreaPossível AplicaçãoExemplo
MedicinaDiagnóstico não invasivoDetectar doenças antes dos sintomas, como câncer
Ciência AmbientalMonitoramento de ecossistemasAvaliar saúde de florestas por estresse em plantas
Pesquisa BásicaEstudo de comunicação celularInvestigar papel dos fótons em processos biológicos

Conclusão

Em suma, a descoberta de que os seres vivos emitem uma luz que se apaga com a morte é um avanço fascinante, com implicações práticas e filosóficas. Embora ainda haja debates sobre seu significado e aplicações, os estudos de 2025, como os mencionados, fornecem uma base sólida para explorar esse fenômeno.

Para mim, saber que todos nós carregamos essa luz invisível é um lembrete de como a vida é cheia de mistérios, conectando-nos de maneiras que talvez nunca imaginamos.

Muito obrigado e até a próxima!

Fontes:

Leia também:

crédito imagem:pixabay/doreen_kinistino

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